segunda-feira, 14 de setembro de 2009

TURISMO

RACIONALIZAR A CONSTRUÇÃO NOS ESPAÇOS PORQUE O CRESCIMENTO URBANO, SÓ POR SI, NÃO É SINÓNIMO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO

APOSTAR NO TURISMO DE EXPERIÊNCIA

DINAMIZAR O ALGARVE 365 DIAS POR ANO

  • O Algarve não é só sol e praia!
  • Os 4 S’s reconhecidos como factores de atracção turística do Algarve, “Sun, Sea, Sand, and Sex”, não devem, nem podem ser o espelho do que é o Algarve.

AUMENTAR E MELHORAR A QUALIFICAÇÃO DA OFERTA TURÍSTICA E SEUS TÉCNICOS

  • O Algarve é, e pode ser, muito mais do que isso. Aquilo que já temos de bom tem que ser dinamizado para outras vertentes, atrair outro tipo de turistas, aproveitar a mina para conseguir um Algarve contínuo e anti-sazonal.
  • É preciso potenciar os factores naturais e recursos anexos de que o Algarve dispõe. A excelência das condições da região não pode de forma alguma ser utilizada como recurso em 3-4 meses por ano quando a sua data de validade regista 12 meses/ano.

MELHORAR A IMAGEM E O PRESTÍGIO DO TURISMO NO ALGARVE

  • A região algarvia precisa de melhorar a qualidade do alojamento, gastronomia, animação, espaços urbanos e a forma de encarar o Turismo. Em suma, precisamos de melhorar a qualificação dos técnicos e responsáveis do turismo, uma vez que existem necessidades práticas, emergentes, para que a imagem e prestígio do Algarve não se sintetize apenas a ser um destino de escape, de muitas famílias, de um ano cansativo.
  • O Algarve tem que ser um pólo constante de atracção, tem que apelar por vários e mais alguns motivos, chamar alvos de diferentes faixas etárias, gostos e preferências.
  • O sol e mar têm que ser potenciados a fim de atingir vários perfis de potenciais turistas.


COMBATER A ACENTUADA SAZONALIDADE, CAPTANDO OUTROS MERCADOS INTERNACIONAIS ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIÇOS DIVERSIFICADOS PARA QUE O TURISMO ALGARVIO SEJA UM PRODUTO APETECÍVEL EM TODA A PARTE

  • Nem toda a gente tem que gostar do Algarve, durante uma quinzena (ex.) para fazer praia como forma de lazer sobretudo com multidões imensas. Mas há certamente quem gostasse de vir ao Algarve por outras razões e motivações inerentes, como por exemplo para praticar desporto na praia, o que, infelizmente, não é comum e constante acontecer nas praias algarvias.

POTENCIAR OS ESPAÇOS DO ALGARVE PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DESPORTIVOS CONSTANTES

  • Há vários aspectos e condicionantes sociais, modas e contágios globais que podem movimentar massas em função de diversos fins e resultados. O Algarve não pode faltar a estas respostas. Porque não criar actividades e eventos desportivos nas praias, desde redes de vólei a espaços destinados à realização de torneios, centros de estágio para clubes desportivos, uma vez que possuímos condições e espaços hoteleiros de luxo assim como campos desportivos prontos a serem utilizados. Envolver as associações e entidades a nível nacional (municípios, etc) e internacional, destinado a várias faixas etárias, podendo assim globalizar o Algarve a uma escala universal e atenuando um dos grandes problemas nacionais, e algarvio em particular, que é a questão da sazonalidade. Da mesma forma que o desporto e os eventos de futebol têm impacto na economia mundial, a nossa auto-promoção poderia aceitar estágios constantes de equipas mediáticas durante todo o ano, sobretudo na época baixa, aquando da realização das competições, atraindo mais turistas aos nossos espaços, potenciando assim a economia da região. Ter um Algarve activo e pró-activo e sem prazo de validade.

INVERTER A QUANTIDADE E APOSTAR NA QUALIDADE

  • Um destino de sonho para os mais diversos sonhos. Temos que apostar na qualidade invertendo a tendência da quantidade. Só com qualidade e maior diversificação das nossas potencialidades poderemos atrair outros mercados. Temos como exemplo um bom exemplo o Golfe, um dos grandes atractivos à região Algarvia na época baixa, dando receitas imensas e combatendo a sazonalidade. Mas, coloca-se a questão, porquê ficar por aí?! Só existe o golfe como fonte de receita? Quantos mais desportos e actividades culturais e musicais são possíveis para o desenvolvimento e sustentabilidade da região?

ALGARVE É DESEJO

  • Verão é tempo de férias, de descanso, de actividade, de lazer, de desporto, de movimento e de momento, é tempo de aproveitar, e nada melhor que ter no Algarve o destino ideal para se viver muito daquilo que se gosta, que se deseja.
  • A ideia passa por fazer do Algarve um local de desejo, um local de momento, mas um momento constante, sempre preparado a dar resposta às carências, às necessidades e aos anseios de cada um.
  • Ter capacidade de dar resposta aos desejos dos mais jovens, desportistas, adeptos da cultura (cinema, teatro) é ter em sua mão uma arma muito forte, que é trazer grupos, “massas em massa” ao Algarve por um fim que não, apenas, estar deitado na areia 15 dias seguidos.

CRIAR UMA ESTRATÉGIA QUE DÊ VOZ AO TURISMO DE NATUREZA NO ALGARVE

  • Temos que criar uma dinâmica constante de acções e actividades apelativas aos mais jovens, aos adultos e aos seniores. O turismo de natureza, por ex, sem estratégia não pode de forma alguma almejar a ser um dos factores de motivação para uma deslocação ao Algarve. Os safaris, observação de aves nas AP's, trilhos para passeios a cavalo, quintas pedagógicas e passeios pedestres ao interior algarvio ou aos centros de investigação são algumas das actividades ligadas ao turismo da natureza no Algarve. Somos das poucas zonas do país com 4 áreas protegidas, correspondendo a mais de 50% do território em reserva ecológica, e não somos capazes de potenciar uma estratégia que nos faça crescer em termos de turistas por motivos de natureza. É preciso que as entidades competentes percebam que é importante e possível criar um fluxo circular em que “conservar, valorizar, atrair, usufruir” é uma possibilidade atingível.

CONSERVAR E PROMOVER O PRODUTO ALGARVE NO SEU LADO MAIS AUTÊNTICO E GENUÍNO, TORNANDO-SE ASSIM, ATRAVÉS DE TRADIÇÕES E TIPICIDADES, UM DESTINO ÚNICO

MOSTRAR PORQUE SOMOS ALGARVE E NÃO ALLGARVE

  • No Algarve não existe ainda o culto da memória e o turismo de experiência, chave fundamental para deliciar um turista. Especificidade nuclear para que possamos fazer o Algarve diferente dos outros destinos é gravar na memória do turista a diferente experiência no solo algarvio, termos particularidades que marquem a diferença e tatuem eternamente a memória dos mesmos turistas, fazendo com que anseiem voltar e possam passar a palavra, a conhecidos/amigos/familiares, as emoções em forma de mensagem fazendo com que nos multipliquemos, tendo, certamente, mais adesão e possamos rentabilizar o que de bom temos e podemos ter. O Algarve está, de certa forma, descaracterizado em termos de raízes, origens porque o betão cresce a olhos vistos nos nossos espaços. Não que não sejam necessários, são sim, mas ter empresários a criar cidades dentro de cidades, fazendo de aldeamentos turísticos autênticas cidades, acabando por desqualificar a diferença do nosso produto, porque betão há muito, mas Algarve há só um e é preciso conservar a história da região. Os turistas ficam apaixonados pelos mais diferentes destinos turísticos e pelas suas pequenas particularidades e diferenças. É preciso ter algum controlo em todos estes aspectos, promover a outra parte, não só o luxo e a construção humana mas a autenticidade da nossa região, os nossos valores e costumes, também o produto próprio, a tipicidade, a natureza, os espaços em si e não só espaços que ocupam espaços.

MELHORAR O NÍVEL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO ALGARVE, ATRAVÉS DE UM NOVO HOSPITAL, POSTOS DE SAÚDE E APOIO ÀS PRAIAS

  • Todos deparamos com um sistema de saúde escasso em termos de unidades hospitalares mas existe também a extrema necessidade de termos postos de apoio ás praias.
  • Temos algum nível de segurança, mas um destino turístico de sonho tem que ter todo um sistema articulado e em harmonia, para que tudo se conjugue numa experiência memorável e repetível.

REDE DE TRANSPORTES

  • O sistema de transportes no Algarve é escasso, para não dizer nulo tendo em vista a mobilidade necessária a uma região turística de excelência, em que, naturalmente, os seus turistas não têm, na grande maioria, automóvel próprio. Como é possível todos os municípios criarem politicas de interacção, entre si, de turistas, se não temos grandes possibilidades de, num curto espaço de tempo e constantemente, transportar e mobilizar massas!? É preciso dar especial atenção a todas estas questões, até porque os próprios algarvios não conhecem muitas vezes todo o Algarve devido a limitações desta ordem.

AGRO-TURISMO E TURISMO RURAL

  • Agro-turismo e turismo rural são duas áreas com grande potencial que podem ser exploradas em harmonia com este sector. Por exemplo, as amendoeiras em flor têm um potencial enorme, certos países, como por exemplo o Japão, recebe muitos turistas que visitam o país só para poder ver as maravilhosas cerejeiras em flor, são campos e campos de cerejeiras floridas que atraem imensos turistas. As nossas amendoeiras são tão ou mais bonitas e o que fazemos nós? Acabamos com elas e plantamos palmeiras e blocos de apartamentos.

TRADIÇÃO ARTESANAL PISCATÓRIA

  • A pesca artesanal por si só tem um grande potencial turístico, afinal em quantos países ainda podemos receber um barco pequeno na praia e assistir aos pescadores soltarem o peixe das redes? Acabar com as praias de “pescadores” é um erro, os turistas apreciam estas praias, mais do que praias concessionadas cheias de chapéus-de-sol amarelos duma ponta á outra… incentivar a tradição artesanal piscatória.

IDENTIDADE CULTURAL E SABERES REGIONAIS

  • Devemos valorizar os conhecimentos dos nossos antepassados e não deixar que se percam os valores e saberes regionais, o artesanato, a doçaria, a destilaria de aguardentes, existe uma grande riqueza cultural que aos poucos e poucos vai ficando para trás em favor de uma cultura de sol e praia e divertimento de baixa qualidade.
  • Devemos criar escolas culturais onde os saberes e culturas são transmitidos pelos mais velhos aos mais novos (postos de trabalho + preservação da identidade + combate á desertificação, etc…)

CAPTAÇÃO DE MERCADOS

  • Investir nos mercados internacionais com mais potencial económico, estudar quem queremos e como captar a sua atenção, como trazê-los para o Algarve. Sendo certo que os turistas de qualidade também procuram uma relação óptima entre preço e qualidade não será o preço um factor determinante mas apenas coadjuvante, por isso o Algarve tem de crescer em qualidade e não em quantidade.

FIDELIZAR TURISMO

  • Mais importante que captar mercados turísticos de qualidade há que fidelizá-los, queremos os avós, os pais e os netos. Captar eventos internacionais (fórmula 1, Moto GP, concertos com estrelas de música rock, clássica, etc.… ), promovê-los nos mercados certos.

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